A queda é uma questão de saúde pública muito preocupante para população idosa e suas repercussões são assustadoras, tais como o medo de cair.

O medo de cair, ou ptofobia, é uma alteração psicológica e comportamental que ocorre após uma queda, mas que também pode ser visto naqueles que ainda não caíram. Ocorre mais em pessoas no sexo feminino com idade avançada, e entre aquelas com obesidade e depressão.

A ptofobia tem estreita relação com a cinesiofobia, ou medo de movimento. Como consequência, pode levar a pessoa ao sedentarismo e à inatividade física. Assim, pode modificar a estrutura muscular, que impacta negativamente na funcionalidade, levando à sarcopenia e, assim, aumentando o risco de quedas. Dessa forma, um novo ciclo se inicia, impulsionando à inatividade, descondicionamento físico, perda da confiança, alteração na marcha, depressão e isolamento social.

As intervenções devem ser multifatoriais. A reabilitação física, através de exercícios moderado a intenso para a melhora da força muscular, equilíbrio e marcha, tem se mostrado como protetor à saúde da pessoa idosa, evitando a ptofobia. Além disso, a psicoterapia é de grande valia para aqueles que apresentam alterações comportamentais provenientes do medo patológico, pois é comum que essas pessoas apresentem pensamentos negativos, depressão e ansiedade que restringem a mobilidade.  Para complementar, é essencial que avalie e implemente modificações ambientais de modo a garantir conforto e segurança da pessoa idosa.

Texto:
Renata Graniti
Fisioterapeura – Titulada em Gerontologia pela SBGG